A viagem continua
A viagem continuou conforme estava previsto, agora só com onze barcos.
A partida foi a Dois de maio e tomaram a rota em arco que lhes recomendara Vasco da Gama. Perto do cabo da Boa Esperança, ao sul da África, foram apanhados por uma enorme tempestade. Ondas gigantescas jogavam as embarcações em alturas inacreditáveis, precipitando-as depois no abismo onde julgavam mergulhar para sempre.
Um dos navegadores que encontraram a morte ao largo do cabo da Boa Esperança foi Bartolomeu Dias. Tinha sido o primeiro a vencer aquele obstáculo treze anos antes (vingança do gigante Adamastor) contra quem desvendara os segredos, como escreveu Luís de Camões:
Num estado miserável, os sobreviventes navegaram dispersos até Sofala, onde se reencontraram a 15 de junho. Constataram então que a armada só possuía seis barcos.