Um homem de sorte
Manuel subiu ao trono em circunstâncias especiais. Pertencia à família real, mas não podia aspirar à coroa, pois na monarquia portuguesa as regras da sucessão eram bem claras: quando morria um rei subia ao trono o filho mais velho. Acontece que D. Manuel embora pertencesse à família, não era filho de rei.
A sorte, porém, beijou-o. O seu antecessor, D. João II, não deixou descendentes diretos. O único filho legítimo morrera aos dezesseis anos devido a uma queda de cavalo nas margens do rio Tejo perto de Santarém.
Nestes casos o sucessor passava a ser o parente mais próximo. E o parente mais próximo de D. João II era o primo e cunhado. D. Manuel assim herdou a coroa de Portugal. O povo chamou-lhe O Venturoso, o que significa “com sorte”.
Em 1495 sentou-se no trono. Tinha vinte e seis anos, era solteiro e certamente estava feliz com aquela volta do destino!
Durante o seu reinado os descobrimentos prosseguiam. Foi a época das grandes viagens.