Com o intuito de difundir o conhecimento que trata do período da humanidade em que grandes inovações tecnológicas, artísticas, filosóficas, sociais e religiosas aconteceram dando origem a Era Moderna.
Aborda o período de 106 anos de desbravamentos portugueses ao redor do mundo, desde o nascimento do Infante D. Henrique, Príncipe do Atlântico, em 1394, portanto 106 anos antes da chegada de Cabral a nossa costa, em 1500.
No ano de 2003, o Memorial da Epopeia do Descobrimento abriu suas portas, preenchendo uma lacuna histórica, apesar de Porto Seguro ser o berço da nação brasileira pouco ou quase nada se falava acerca dos fatos, estratégias e personalidades que alavancaram a expansão ultramarina portuguesa e o consequente achamento da terra do Brasil.
Com este intuito, o Memorial da Epopeia do Descobrimento busca divulgar os fatos históricos que contribuíram para a formação da nossa civilização, bem como provocar o interesse e o debate sobre as nossas raízes , estabelecer relação entre o passado e o presente, evidenciando para os visitantes a nossa herança portuguesa a que somam-se índios, negros e tantas outras etnias na convivência interativa de crenças costumes, artes e culturas que formam este rico patrimônio expressivo e original que é o povo brasileiro.
Neste roteiro de entretenimento histórico, cultural, ecológico e didático-pedagógico vamos percorrer alamedas que nos conduzirão à Era das Descobertas ao longo de 106 anos desde o nascimento do Infante D. Henrique, “O Príncipe do Atlântico”, mentor intelectual dos descobrimentos, conhecendo a trajetória marítima, os medos do Mar Tenebroso guardado por serpentes, ninfas e Espérides que enfeitiçavam os navegadores que se aventurassem por “mares nunca dantes navegados”. Também saber mais sobre as personagens e figuras importantes da saga e suas conquistas.
O ponto alto desta incrível viagem no tempo é a visita à réplica da Nau de Pedro Álvares Cabral em tamanho natural (35 m de comprimento x 8 m de largura x 7 m de altura) tendo o mastro principal 27 m de altura com 1200m² de área velica, como eram distribuídos os compartimentos e objetos da época.
Os visitantes irão conhecer as precárias condições da viagem, interagindo com as tecnologias do universo das navegações, compartilhando o cotidiano daqueles homens que se lançavam em gloriosas e arriscadas aventuras no mar.
Portanto, este rico período da humanidade que deu origem à nossa civilização está à disposição de todos que visitam em Porto Seguro, berço da nossa história.
Ao longo da visitação, uma OCA, a mais comum habitação indígena, principalmente entre os índios da família tupi-guarani expõe objetos e costumes dos primeiros moradores desta terra.
Originalmente, na oca, podem viver várias famílias de uma mesma tribo. Pêro Vaz de Caminha descreveu-os muito bem: “Pardo de pele avermelhada, com feições bonitas cabelos negros muito lisos, que os homens usavam cortados por cimas das orelhas e as mulheres soltos pelos ombros. Andavam nus e não demonstravam vergonha, sendo tão elegantes, ninguém se sentiu chocado, a inocência do paraíso. Alguns ostentavam pinturas no corpo, bonitas toucas feitas com pena de papagaio e colares de continhas miúdas. No lábio inferior atravessavam um osso branco que aparentemente não perturbava nenhuma função. ”